
Me deixei levar.
Me deixei levar romântico.
Mas sem romantismos.
Me deixei levar romântico.
Mas sem romantismos.
Não te idealizo.
Não te visto com véus translúcidos e divinais.
Te reconheço a carne e a desejo com todas as feridas.
Não te visto com véus translúcidos e divinais.
Te reconheço a carne e a desejo com todas as feridas.
Não te quero numa falsa felicidade.
Te quero mulher marcada.
Te quero no teu sofrimento.
Te quero mulher marcada.
Te quero no teu sofrimento.
E da dor te quero te ver sorrir e contigo sorrir.
Te quero com tua revolta e teus momentos de ira.
Te quero serena e sorumbótica.
Te quero com tua revolta e teus momentos de ira.
Te quero serena e sorumbótica.
Te quero na cólera e na leveza.
Me deixei levar e no ponto em que estou não posso mais me permitir voltar.
Não tenho o direito de te pedir coisa alguma, contudo te peço que não me afaste.
Me deixei levar e no ponto em que estou não posso mais me permitir voltar.
Não tenho o direito de te pedir coisa alguma, contudo te peço que não me afaste.
Não me tire o prazer do teu pequeno olhar. Não quero teu silêncio. Quero o nosso.
O silêncio de dois corpos que se possam completar.
Me deixei levar despropositado. Me deixei corromper por algo inominável.
O silêncio de dois corpos que se possam completar.
Me deixei levar despropositado. Me deixei corromper por algo inominável.
Ou por algo a que não tenho coragem de dar nome.
E não denomino porque te quero sem nome.
Te quero essência.
E não denomino porque te quero sem nome.
Te quero essência.
*Escrito por: Bayard Do Couto e Silva Jr.
Foto: "The Lovers" by Rene Magritte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário